A Simpatectomia é a cirurgia que pode ser considerada para o tratamento de hiperidrose, entre outras condições. Ela deve ser indicada de acordo com especificidades do caso e do paciente em questão, sendo importante uma análise médica qualificada.

Esse é um dos procedimentos realizados pelo Dr. Eudes Carvalho, então aqui você vai conhecer alguns dos principais detalhes sobre o processo e suas características. Confira!

O que é a Simpatectomia?

A “Simpatectomia” é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo interromper a transmissão dos sinais nervosos que causam suor excessivo em determinadas partes do corpo. Este processo é mais comumente realizado em pacientes que sofrem de hiperidrose, uma condição caracterizada pela sudorese anormalmente intensa.

A cirurgia envolve a remoção ou a clivagem de parte do nervo simpático, responsável por controlar a transpiração, e pode ser particularmente eficaz para tratar a hiperidrose nas mãos, pés, e axilas, oferecendo uma solução de longo prazo para este desconforto.

O que é a hiperidrose?

A hiperidrose, por sua vez, é uma condição médica na qual o indivíduo experimenta suor excessivo, ultrapassando as necessidades do corpo para a regulação da temperatura. Esse suor pode ocorrer em várias regiões, incluindo as mãos, pés, axilas e rosto, impactando significativamente a qualidade de vida e as interações sociais do indivíduo.

Quais são as causas da Hiperidrose?

As principais causas da hiperidrose podem ser divididas em dois tipos:

  • Primária: A hiperidrose primária, ou focal, é caracterizada pela sudorese excessiva em áreas específicas do corpo sem uma causa médica subjacente identificável.
  • Secundária: A hiperidrose secundária está associada a uma variedade de condições ou ao uso de certos medicamentos.

Quais são os principais tipos de tratamento para Hiperidrose?

Os tratamentos para hiperidrose variam de acordo com a gravidade e a área afetada, indo de métodos conservadores a procedimentos cirúrgicos. Para casos mais leves, antitranspirantes com altas concentrações de cloridrato de alumínio podem ser eficazes.

A terapia medicamentosa pode ser utilizada para controlar a sudorese em todo o corpo. Além disso, procedimentos não invasivos, como injeções de toxina botulínica, são opções para tratar a hiperidrose em áreas localizadas, oferecendo alívio temporário.

Para casos mais severos ou quando outros tratamentos falham, procedimentos cirúrgicos como a simpatectomia torácica endoscópica (STE) podem ser recomendados para interromper os sinais nervosos.

Quais as principais indicações para a Simpatectomia?

Como foi explicado, a principal situação em que a simpatectomia costuma ser indicada é diante de casos de hiperidrose. Para além dessa condição, porém, o procedimento pode ser considerado para as seguintes demandas:

  • Síndrome de Raynaud: É uma condição na qual ocorrem episódios de constrição dos vasos sanguíneos, geralmente nas extremidades, como dedos das mãos e dos pés, orelhas e nariz. Em casos graves e refratários ao tratamento medicamentoso, a cirurgia pode ser considerada.
  • Dor neuropática: A dor neuropática é causada por danos ou disfunções no sistema nervoso, especialmente nos nervos periféricos. A simpatectomia pode ser considerada para o tratamento em casos selecionados. No entanto, ela não é frequentemente indicada.

Como é feita a Simpatectomia?

Avaliação clínica e exames pré-operatórios

Antes de realizar a simpatectomia, uma avaliação clínica completa será realizada para determinar a adequação do paciente para o procedimento. Isso pode incluir revisão do histórico médico, exame físico e realização de exames complementares, como radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para avaliar a localização e extensão do problema.

Discussão dos riscos e benefícios com o paciente

É essencial que o médico discuta em detalhes os riscos e benefícios do procedimento com o paciente antes da simpatectomia. Isso permite que o indivíduo esteja ciente dos possíveis resultados e complicações associadas à cirurgia.

Acesso cirúrgico e abordagem

A simpatectomia pode ser realizada através de diferentes abordagens cirúrgicas, dependendo da localização dos gânglios simpáticos a serem interrompidos. As abordagens mais comuns incluem:

  • Toracoscopia: Nessa técnica minimamente invasiva, são feitas pequenas incisões na parede torácica, por onde são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera. O cirurgião utiliza a câmera para visualizar o interior do tórax e realiza a simpatectomia com o auxílio dos instrumentos.
  • Abordagem aberta: Nesse caso, é feita uma incisão maior na parede torácica para acessar os gânglios simpáticos. Essa abordagem pode ser necessária em casos mais complexos ou quando há a necessidade de intervenções adicionais.

A escolha da técnica utilizada dependerá das características específicas do caso e da experiência do cirurgião.

Recuperação e cuidados após a simpatectomia

Após a simpatectomia, o paciente será encaminhado para a sala de recuperação, onde será monitorado de perto por profissionais de saúde. Durante esse período, serão avaliados sinais vitais, dor, nível de consciência e função respiratória.

Qualquer complicação ou desconforto será prontamente tratado. O médico prescreverá medicamentos analgésicos para ajudar a controlar a dor e o desconforto.

É importante seguir as instruções em relação à dosagem e frequência dos medicamentos. Além disso, durante o período de recuperação, o paciente receberá orientações específicas sobre os cuidados necessários e as restrições de atividades. É importante seguir todas elas e comparecer às consultas de acompanhamento agendadas para monitorar a recuperação e garantir uma progressão adequada.

Resultados e complicações da Simpatectomia

É importante considerar os possíveis efeitos colaterais e complicações associados ao procedimento. Alguns desses efeitos podem incluir:

  • Hiperidrose compensatória: A simpatectomia pode levar a um aumento da sudorese em outras áreas do corpo, como o tronco ou as pernas.
  • Sudorese gustativa: alguns pacientes podem experimentar sudorese excessiva em resposta à ingestão de certos alimentos, conhecida como sudorese gustativa. Isso ocorre devido à estimulação dos nervos responsáveis pela transmissão de estímulos gustativos.
  • Complicações cirúrgicas: Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados à simpatectomia, como infecção, sangramento, lesão de estruturas adjacentes, dor crônica no local da incisão e raramente, pneumotórax (acúmulo de ar entre os pulmões e a parede torácica).

É fundamental discutir os potenciais efeitos colaterais e complicações com o cirurgião especialista antes de optar pela simpatectomia. Cada caso deve ser avaliado individualmente.

O Dr. Eudes Carvalho é cirurgião torácico e realiza a Simpatectomia, trabalhando com dedicação e empenho no suporte ao paciente. Entre em contato e agende a sua consulta!