Hiperidrose palmar e plantar: estratégias específicas para mãos e pés suados

A Hiperidrose palmar e plantar é uma condição caracterizada por suor excessivo nas mãos e nos pés, que pode causar desconforto físico e emocional.

Embora o suor seja uma função natural do corpo para regular a temperatura, em indivíduos com hiperidrose, ele ocorre de forma desproporcional, muitas vezes em situações que não exigem termorregulação.

Essas condições podem impactar a qualidade de vida, dificultando tarefas simples, como apertar as mãos, escrever ou usar calçados fechados por longos períodos.

Felizmente, existem estratégias específicas para o controle e tratamento da hiperidrose palmar e plantar, permitindo que os pacientes recuperem a confiança e o conforto em suas atividades diárias.

Continue sua leitura e saiba mais sobre essas estratégias e tratamentos!

Causas da hiperidrose palmar e plantar

A “Hiperidrose” pode ser classificada em dois tipos principais:

Hiperidrose primária: Geralmente ocorre devido à hiperatividade das glândulas sudoríparas em regiões específicas, como mãos e pés. Essa condição não está relacionada a outras doenças e, muitas vezes, possui um componente genético.
Hiperidrose secundária: Está associada a condições médicas subjacentes, como distúrbios hormonais, infecções ou uso de medicamentos específicos.

No caso da hiperidrose primária, a causa exata não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada à hiperatividade do sistema nervoso simpático.

Estratégias não invasivas para o controle da hiperidrose

O tratamento da hiperidrose começa, muitas vezes, com abordagens menos invasivas, que podem ser suficientes para controlar os sintomas em casos leves a moderados. Algumas das opções incluem:

Antitranspirantes à base de cloreto de alumínio: Disponíveis em forma de cremes ou soluções, esses produtos ajudam a bloquear as glândulas sudoríparas temporariamente, reduzindo a produção de suor.
Medicamentos orais: Substâncias como anticolinérgicos podem ser prescritas para controlar o suor em todo o corpo, embora possam causar efeitos colaterais, como boca seca.
Iontoforese: Esse método utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para inativar temporariamente as glândulas sudoríparas nas mãos e pés. É uma opção eficaz para muitos pacientes, especialmente quando realizada regularmente.
Toxina botulínica (botox): A aplicação de botox em áreas como palmas e plantas dos pés reduz o suor ao bloquear os nervos que ativam as glândulas sudoríparas. Embora eficaz, o tratamento deve ser repetido a cada 6 a 12 meses.

Cirurgia para hiperidrose palmar

Nos casos em que os tratamentos não invasivos não proporcionam alívio adequado, a cirurgia pode ser considerada uma alternativa.

O procedimento mais indicado para hiperidrose palmar é a simpatectomia torácica, realizada frequentemente por videotoracoscopia ou robótica.

Como funciona?

O cirurgião interrompe os nervos simpáticos responsáveis pela hiperatividade das glândulas sudoríparas nas mãos.

Isso reduz ou elimina o suor na região.

Benefícios

A simpatectomia apresenta altas taxas de sucesso, especialmente para a hiperidrose palmar.

Efeitos colaterais

Alguns pacientes podem desenvolver hiperidrose compensatória, um aumento do suor em outras partes do corpo.

Cirurgia para hiperidrose plantar

Já para a hiperidrose plantar, as intervenções cirúrgicas são menos comuns, devido à localização complexa dos nervos envolvidos.

Em casos severos, as opções incluem simpatectomia lombar, embora seja considerada uma abordagem mais invasiva.

O tratamento ideal para hiperidrose palmar e plantar depende da gravidade dos sintomas, do impacto na qualidade de vida do paciente e da resposta às opções não invasivas. Consultar um especialista é essencial para determinar a melhor abordagem, considerando os benefícios e riscos de cada estratégia. Você pode começar buscando um dermatologista e, se necessário, um cirurgião torácico.

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Dr. Eudes Carvalho
Cirurgião Torácico
CRM-DF: 25157 DF | RQE: 21644