Cirurgia para Pectus: mitos e verdades sobre o procedimento
O Pectus Excavatum (afundamento do esterno) e o Pectus Carinatum (proeminência do esterno, ou “peito de pombo”) são deformidades congênitas da parede torácica que podem afetar a estética e, em alguns casos, a função respiratória e cardíaca.

Além do aspecto visual, muitos pacientes relatam falta de ar, cansaço aos esforços e desconforto emocional. Quando esses sintomas comprometem a qualidade de vida, a cirurgia corretiva é uma alternativa segura e eficaz.
Com os avanços da cirurgia minimamente invasiva, incluindo a videotoracoscopia e a cirurgia torácica robótica, o procedimento se tornou menos agressivo, com recuperação mais rápida e bons resultados estéticos e funcionais.
A seguir, destaco os principais mitos e verdades sobre a cirurgia para Pectus, explicando quando ela é indicada, como é realizada e seus benefícios reais.
O que é Pectus e por que a cirurgia é indicada?
O Pectus é uma deformidade congênita da parede torácica que pode se manifestar de duas formas:
- Pectus excavatum: ocorre quando o esterno é afundado em direção à cavidade torácica, formando uma depressão central no tórax.
- Pectus carinatum: caracteriza-se pela proeminência anterior do esterno, criando uma saliência visível, conhecida popularmente como “peito de pombo“.
Embora muitas pessoas associem o Pectus apenas à estética, essa condição pode ter impacto funcional e emocional significativo.
- No Pectus excavatum, pode haver compressão dos pulmões e do coração, resultando em redução da capacidade respiratória, fadiga ao esforço e desconforto torácico.
- Já no Pectus carinatum, é comum haver dor, desalinhamento postural e baixa autoestima, principalmente entre adolescentes e adultos jovens.
A cirurgia corretiva para Pectus é indicada quando há:
- Sintomas clínicos relevantes.
- Prejuízo funcional respiratório ou cardiovascular.
- Comprometimento emocional que afeta a qualidade de vida.
Mitos e verdades sobre a cirurgia para Pectus
Mito: A cirurgia é apenas estética.
Verdade: Embora a melhora estética seja um benefício importante, o foco da cirurgia é funcional. Em muitos casos, o Pectus excavatum compromete a expansão pulmonar e o posicionamento do coração, afetando a saúde respiratória e cardiovascular. A correção cirúrgica melhora a capacidade física, o desempenho diário e o bem-estar geral.
Mito: A recuperação é lenta e dolorosa.
Verdade: Com o avanço das técnicas minimamente invasivas, como a cirurgia torácica robótica, a recuperação é mais rápida e menos dolorosa. As incisões são pequenas e causam trauma mínimo aos tecidos. O controle da dor é eficiente, e a maioria dos pacientes retoma as atividades leves em poucas semanas.
Mito: A cirurgia só pode ser feita na adolescência.
Verdade: A cirurgia pode ser realizada com sucesso tanto em adolescentes quanto em adultos. Pacientes entre 20 e 50 anos costumam ter ótimos resultados, desde que haja uma avaliação clínica individualizada. A idade não é o único critério; fatores como sintomas, anatomia da deformidade e expectativas do paciente são decisivos.
Mito: Os resultados não são permanentes.
Verdade: Quando bem indicada e com pós-operatório adequado, a cirurgia oferece resultados duradouros. Na técnica de Nuss, por exemplo, uma barra metálica permanece no tórax por 2 a 3 anos. Após a retirada, a estrutura torácica se mantém estável, com baixo risco de recidiva.
Mito: A cirurgia deixa cicatrizes grandes e visíveis.
Verdade: As técnicas atuais, como a videotoracoscopia e a cirurgia robótica, utilizam incisões pequenas (2 a 3 cm), geralmente localizadas na região lateral do tórax ou nas axilas. As cicatrizes são discretas e, com o tempo, ficam quase imperceptíveis — um aspecto especialmente valorizado por pacientes jovens.
Mito: É uma cirurgia arriscada.
Verdade: Toda cirurgia envolve riscos, mas quando bem indicada e realizada por um cirurgião torácico experiente, em um hospital com estrutura adequada, os riscos são minimizados. Utilizo protocolos de segurança avançados nos hospitais onde atuo, como o Sírio-Libanês de Brasília, DF Star e Hospital Brasília, garantindo o máximo de controle durante o procedimento e no pós-operatório.
Mito: A cirurgia impede a prática de atividades físicas no futuro.
Verdade: O resultado é justamente o oposto. Muitos pacientes que antes tinham limitações para correr, nadar ou praticar esportes relatam melhora significativa na capacidade física após a cirurgia. Ao corrigir a deformidade da parede torácica, há melhora da mecânica respiratória e da função cardiovascular, favorecendo o desempenho nas atividades do dia a dia e nos exercícios físicos.
Mito: Se eu não quiser operar, não tem mais o que fazer.
Verdade: Em casos leves, especialmente de Pectus carinatum, o tratamento pode incluir o uso de órteses torácicas, que promovem a remodelação gradual do tórax. No entanto, quando há sintomas físicos relevantes ou impacto emocional importante, a cirurgia para Pectus é a forma mais eficaz de tratamento.
Mito: A cirurgia é a mesma para todos os casos.
Verdade: Cada paciente tem uma anatomia e histórico clínico únicos. Por isso, a avaliação individualizada é fundamental. A escolha da técnica — como a cirurgia de Nuss, Ravitch ou abordagem robótica — depende de fatores como idade, grau da deformidade, sintomas e objetivos do paciente. O planejamento cirúrgico é sempre personalizado para garantir segurança, funcionalidade e bom resultado estético.
Cuidados que transformam resultados
Se você tem Pectus excavatum ou Pectus carinatum, ou conhece alguém que conviva com a condição, o primeiro passo é agendar uma avaliação individualizada.
Durante a consulta, realizo uma análise detalhada, solicito os exames necessários e, se houver indicação, defino o tratamento mais adequado ao seu caso.
Estou à disposição para oferecer um atendimento moderno, preciso e acolhedor, com o que há de mais avançado em cirurgia torácica. Entre em contato. Será um prazer cuidar de você.
Dr. Eudes Carvalho
Cirurgião Torácico
CRM-DF: 25157 | RQE: 21644
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