Entenda a hiperidrose: Causas, tratamentos e o papel da simpatectomia

Entenda a hiperidrose Causas, tratamentos e o papel da simpatectomia

A Hiperidrose é caracterizada pelo suor excessivo, que pode surgir mesmo sem motivo aparente, como em dias de clima ameno ou sem a prática de atividade física. O problema afeta principalmente as axilas, palmas das mãos e pés, mas pode ocorrer no corpo todo, causando desconforto e impacto emocional.

Essa condição está relacionada à hiperatividade das glândulas sudoríparas, muitas vezes de origem genética, especialmente quando há histórico familiar. Fatores hormonais, ansiedade e estresse podem agravar os sintomas.

Os tratamentos incluem antitranspirantes de alta potência, injeções de toxina botulínica e simpatectomia, uma cirurgia minimamente invasiva que pode oferecer uma solução definitiva.

Neste artigo, vou explicar as causas da hiperidrose, as formas de tratamento e como a simpatectomia pode transformar a qualidade de vida de quem convive com essa condição. Leia e descubra como é possível recuperar o conforto e o bem-estar!

O que é hiperidrose?

A hiperidrose consiste em uma condição de sudorese excessiva, que pode ocorrer mesmo sem motivos aparentes, como exercício físico ou calor intenso. Ela pode se manifestar de duas formas:

  • Hiperidrose focal: suor localizado, como nas mãos e axilas, sendo um dos tipos mais comuns;
  • Hiperidrose generalizada: afeta o corpo todo, podendo ocorrer em situações específicas ou de forma contínua.

Essa condição é mais intensa em áreas com alta concentração de glândulas sudoríparas, como:

  • Mãos;
  • Pés;
  • Rosto e cabeça;
  • Axilas.

A hiperidrose pode surgir desde o nascimento ou se desenvolver mais tarde, sendo mais comum entre os 20 e 60 anos.

Principais sintomas

Os sinais que caracterizam a hiperidrose incluem:

  • Sudorese excessiva que ocorre por pelo menos seis meses sem motivo aparente;
  • Suor que aparece de forma simétrica em ambos os lados do corpo;
  • Episódios frequentes, geralmente pelo menos uma vez por semana;
  • Impacto significativo nas atividades diárias, como trabalho e interações sociais;
  • Início antes dos 25 anos de idade.

O suor excessivo pode afetar qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas palmas das mãos, solas dos pés e axilas.

Embora a hiperidrose não esteja diretamente associada a problemas graves de saúde na maioria dos casos, pode ser um sintoma de condições subjacentes que necessitam de avaliação e tratamento adequado.

Possíveis causas

As causas da hiperidrose podem ser divididas em dois tipos principais:

1. Hiperidose primária

Também conhecida como hiperidrose essencial, essa é a forma mais comum da condição. Ela está relacionada à hiperatividade dos nervos que controlam as glândulas sudoríparas, resultando em sinais excessivos para a produção de suor, mesmo na ausência de estímulos externos, como calor ou esforço físico.

Esse tipo de hiperidrose normalmente afeta:

  • Palmas das mãos;
  • Solas dos pés;
  • Rosto.

A hiperidrose primária geralmente começa na infância ou adolescência e, muitas vezes, tem histórico familiar.

2. Hiperidose secundária

A hiperidrose secundária é descrita pela sudorese excessiva em todo o corpo ou em regiões específicas. Ela costuma surgir na vida adulta e está associada a condições médicas ou uso de medicamentos. Algumas causas comuns incluem:

  • Diabetes;
  • Menopausa;
  • Hipertireoidismo;
  • Hipoglicemia;
  • Infarto;
  • Doença de Parkinson;
  • Lesões na medula espinhal;
  • Infecções, como tuberculose.

Além disso, certos medicamentos, como antibióticos, antidepressivos e insulina, podem provocar sudorese excessiva como efeito colateral.

Se você sofre com suor excessivo, é importante buscar uma avaliação médica para entender a origem e encontrar o melhor tratamento. Como cirurgião torácico, estou à disposição para ajudar a diagnosticar e tratar casos de hiperidrose, devolvendo qualidade de vida aos meus pacientes.

Tratamentos para hiperidrose

Pacientes que convivem com a hiperidrose têm diferentes opções de tratamento, adaptadas à gravidade e à localização do suor excessivo. Confira as principais alternativas:

  • Antitranspirantes de alta potência: muitos pacientes conseguem controlar a sudorese utilizando antitranspirantes com cloreto de alumínio. Aplicados nas áreas afetadas, são uma solução simples e eficaz para casos leves;
  • Injeções de toxina botulínica: esse método bloqueia temporariamente os sinais nervosos que estimulam as glândulas sudoríparas, evitando o suor em regiões específicas. O tratamento precisa ser repetido a cada 6 a 12 meses, conforme a resposta do paciente;
  • Medicamentos orais: medicamentos anticolinérgicos ajudam a bloquear os impulsos nervosos responsáveis ​​pelo suor excessivo. Embora sejam positivos em alguns casos, podem apresentar efeitos colaterais como boca seca e visão turva, exigindo acompanhamento médico.

Quando a simpatectomia é indicada?

A simpatectomia é uma cirurgia minimamente invasiva indicada para casos graves de hiperidrose, especialmente nas mãos, quando os tratamentos menos invasivos não são eficazes.

A decisão pela cirurgia deve ser avaliada cuidadosamente, considerando o impacto da condição na vida do paciente e os benefícios do procedimento.

A simpatectomia pode ser recomendada nos seguintes casos:

  • Falha de outros tratamentos: quando antitranspirantes, medicamentos ou aplicações de toxina botulínica não apresentam resultados satisfatórios, a simpatectomia pode ser uma solução definitiva;
  • Impacto na qualidade de vida: pacientes que enfrentam dificuldades severas no trabalho, nas interações sociais ou no cotidiano devido ao suor excessivo podem se beneficiar do procedimento;
  • Segurança do procedimento: a simpatectomia é um procedimento seguro, com riscos reduzidos de complicações graves, oferecendo alívio permanente dos sintomas na maioria dos casos.

Se o suor excessivo está afetando sua rotina e bem-estar, estou aqui para ajudar. Agende uma consulta comigo e, juntos, encontraremos a melhor solução para o seu caso. Sua qualidade de vida é a minha prioridade!

Dr. Eudes Carvalho
Cirurgião Torácico 
CRM-DF: 25157 DF | RQE: 21644

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