A Parede Torácica é composta por várias estruturas ósseas, musculares e cartilaginosas que ajudam a proteger e dar suporte aos órgãos localizados na cavidade torácica. Saiba mais!

Quais estruturas compõem a Parede Torácica?

As principais estruturas que compõem a parede torácica são:

Costelas: Existem 12 pares de costelas que se estendem da coluna vertebral até a parte anterior do tórax. Elas se conectam à coluna vertebral na parte posterior e, na parte anterior, algumas costelas se unem diretamente ao esterno, enquanto outras se conectam indiretamente por meio de cartilagens costais.

Esterno: É um osso plano localizado na parte anterior do tórax. Consiste em três partes: o manúbrio, o corpo e o processo xifoide. O esterno serve como ponto de ancoragem para as costelas e ajuda a proteger os órgãos vitais, como o coração.

Cartilagens Costais: As cartilagens costais são tecidos de ligação flexíveis que conectam as costelas indiretamente ao esterno. Elas contribuem para a flexibilidade da parede torácica e permitem a expansão do tórax durante a respiração.

Músculos intercostais: Os músculos intercostais são encontrados entre as costelas e são divididos em duas camadas: os músculos intercostais externos e os músculos intercostais internos. Esses músculos ajudam no movimento da parede torácica durante a respiração, expandindo e contraindo as costelas.

Músculos do tórax: Além dos músculos intercostais, existem outros músculos localizados no tórax que ajudam a movimentar a parede torácica. Isso inclui o diafragma, um músculo em forma de cúpula localizado na base do tórax, que desempenha um papel fundamental na respiração.

Coluna vertebral: Embora a coluna vertebral faça parte da estrutura óssea da coluna vertebral, é importante mencioná-la como parte da parede torácica, pois ela está diretamente ligada às costelas e ajuda a fornecer estabilidade e suporte à parede torácica.

Essas estruturas trabalham em conjunto para proteger os órgãos internos, como o coração, os pulmões e os grandes vasos sanguíneos, e também desempenham um papel importante na função respiratória, permitindo a expansão e a contração do tórax durante a respiração.

Quais doenças acometem a Parede Torácica?

Pectus carinatum

Pectus carinatum, também conhecido como “peito de pombo”, é uma deformidade da parede torácica em que o esterno e as costelas se projetam para fora, resultando em uma protuberância no centro do peito. É uma condição congênita, o que significa que está presente desde o nascimento.

As causas exatas do pectus carinatum não são completamente compreendidas, mas acredita-se que haja uma combinação de fatores genéticos e ambientais envolvidos no seu desenvolvimento. Em alguns casos, a condição pode ser associada a condições médicas subjacentes, como síndromes genéticas ou distúrbios do tecido conjuntivo.

Os sintomas do pectus carinatum podem variar de pessoa para pessoa e geralmente incluem:

  • Protuberância no peito: A característica principal do pectus carinatum é a projeção do esterno e das costelas para fora, criando uma aparência de “peito de pombo”.
  • Desconforto estético: Muitas pessoas com pectus carinatum podem sentir-se desconfortáveis ou constrangidas com a aparência do peito.
  • Problemas respiratórios: Em alguns casos, o pectus carinatum pode causar dificuldades respiratórias, como falta de ar durante o exercício físico intenso.
  • Desenvolvimento psicossocial: Em casos mais graves ou quando a condição afeta significativamente a autoestima, pode haver impacto no bem-estar psicossocial, incluindo baixa autoconfiança e problemas de imagem corporal.

O tratamento do pectus carinatum depende da gravidade da deformidade e dos sintomas associados. As opções de tratamento incluem:

  • Observação: Em alguns casos leves, principalmente em pessoas mais velhas, o tratamento não é necessário, e a condição pode ser apenas observada ao longo do tempo.
  • Uso de órteses: Para casos mais moderados, o uso de órteses externas pode ser recomendado. Essas órteses são dispositivos de compressão que são usados ​​sobre o peito para ajudar a remodelar a parede torácica.
  • Cirurgia corretiva: Em casos mais graves e quando o tratamento não invasivo não é eficaz, a cirurgia corretiva pode ser considerada. O procedimento cirúrgico, conhecido como cirurgia de Nuss, envolve a colocação de uma barra de metal por baixo do esterno para empurrá-lo para dentro, corrigindo a deformidade. Outra opção cirúrgica é a chamada técnica de Ravitch, que envolve a remoção de uma parte do esterno e a reconstrução da parede torácica.

É importante que pessoas com pectus carinatum consultem um médico especialista para uma avaliação completa e orientação sobre as opções de tratamento mais adequadas para o seu caso específico.

Pectus excavatum

Pectus excavatum, também conhecido como “peito escavado” ou “peito de funil”, é uma deformidade da parede torácica em que o esterno e as costelas se curvam para dentro, resultando em uma concavidade no centro do peito. É a deformidade mais comum da parede torácica e também é uma condição congênita, ou seja, está presente desde o nascimento.

As causas exatas do pectus excavatum não são completamente compreendidas, mas acredita-se que haja uma combinação de fatores genéticos e ambientais envolvidos no seu desenvolvimento. Em alguns casos, a condição pode ser associada a quadros médicos subjacentes, como síndromes genéticas ou distúrbios do tecido conjuntivo.

Os sintomas do pectus excavatum podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir:

  • Depressão no peito: A característica principal do pectus excavatum é a curvatura para dentro do esterno e das costelas, criando uma aparência de “peito escavado” ou “peito de funil”.
  • Desconforto estético: Muitas pessoas com pectus excavatum podem sentir-se desconfortáveis ou constrangidas com a aparência do peito.
  • Problemas respiratórios: Em alguns casos, o pectus excavatum pode causar dificuldades respiratórias, como falta de ar durante o exercício físico intenso.
  • Problemas cardíacos: Em casos graves, o pectus excavatum pode comprimir os órgãos torácicos, incluindo o coração, e potencialmente causar problemas cardíacos, como arritmias.
  • Desenvolvimento psicossocial: Em casos mais graves ou quando a condição afeta significativamente a autoestima, pode haver impacto no bem-estar psicossocial, incluindo baixa autoconfiança e problemas de imagem corporal.

O tratamento do pectus excavatum depende da gravidade da deformidade e dos sintomas associados. As opções de tratamento incluem:

  • Observação: Em casos leves, principalmente em pessoas mais velhas, o tratamento não é necessário, e a condição pode ser apenas observada ao longo do tempo.
  • Uso de órteses: para casos mais moderados, o uso de órteses externas pode ser recomendado. Essas órteses são dispositivos de suporte que são usados ​​sobre o peito para ajudar a remodelar a parede torácica.
  • Cirurgia corretiva: em casos mais graves e quando o tratamento não invasivo não é eficaz, a cirurgia corretiva pode ser considerada. O procedimento cirúrgico mais comum é conhecido como cirurgia de Ravitch, que envolve a remoção de uma parte do esterno e a reconstrução da parede torácica.

É importante que pessoas com pectus excavatum consultem um médico especialista para uma avaliação completa e orientação sobre as opções de tratamento mais adequadas para o seu caso específico.

Fraturas de arcos costais

As fraturas de arcos costais são lesões ósseas que ocorrem nos arcos das costelas. Os arcos costais são as curvas ósseas que se estendem a partir das vértebras dorsais e se conectam ao esterno na parte frontal do tórax. Essas fraturas podem resultar de um trauma direto, como um golpe ou impacto na região torácica, ou de forças indiretas, como em casos de acidentes automobilísticos ou quedas.

Os sintomas comuns de uma fratura de arco costal incluem:

  • Dor intensa no local da fratura: A dor é geralmente localizada no local da fratura e piora com a respiração profunda, movimentos do tronco ou pressão na área afetada.
  • Sensibilidade e inchaço: A área em torno da fratura pode ficar sensível ao toque e apresentar inchaço.
  • Dificuldade respiratória: A dor causada pela fratura pode dificultar a respiração profunda, levando a respirações mais superficiais e rápidas.
  • Hematomas ou contusões: Pode ocorrer aparecimento de hematomas ou contusões na região da fratura.

O tratamento das fraturas de arcos costais depende da gravidade da lesão e dos sintomas apresentados. Em geral, as fraturas costais são tratadas de forma conservadora, a menos que haja complicações graves. As opções de tratamento incluem:

  • Analgésicos e anti-inflamatórios: Medicamentos para aliviar a dor e reduzir a inflamação podem ser prescritos para ajudar no alívio dos sintomas.
  • Imobilização: O uso de um colete torácico ou faixa torácica elástica pode ser recomendado para imobilizar a área afetada, proporcionando suporte e alívio da dor durante a cicatrização.
  • Fisioterapia respiratória: Em alguns casos, um fisioterapeuta pode ser envolvido para ajudar com técnicas de respiração e exercícios respiratórios que podem melhorar a função pulmonar e ajudar a prevenir complicações respiratórias, como pneumonia.
  • Descanso e cuidados adequados: Descansar, evitar atividades que causem dor e seguir as orientações médicas são importantes para permitir que a fratura cicatrize adequadamente.

Em casos mais graves, onde há uma fratura instável ou complicações associadas, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para realinhar e fixar as costelas fraturadas. É importante procurar atendimento médico se houver suspeita de uma fratura de arco costal para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

O Dr. Eudes Carvalho é cirurgião torácico e realiza o diagnóstico e tratamento de doenças que acometem a Parede Torácica. Entre em contato e agende a sua consulta!